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Yuichiro Miura

Esquiador profissional, Aventureiro

PERFIL

Nascido em 1932, tornou-se o primeiro japonês a participar no Italian Kilometer Lance em 1964, estabelecendo um novo recorde mundial com 172.084 km/h. Em 1966, desceu o Monte Fuji sobre esquis.

Em 1985, completou a descida em ski dos cumes mais altos dos sete continentes.

Em 2003, com o seu segundo filho, Gota, atingiu o cume do Monte Evereste, estabelecendo um novo recorde mundial para a pessoa mais velha a chegar ao topo na altura, com 70 anos e 7 meses de idade.

Em 2008, com 75 anos, alcançou o cume do Evereste pela segunda vez e, em 2013, com 80, chegou ao cume pela terceira vez, batendo o recorde mundial da pessoa mais velha a alcançar o topo.

Para além de ser um esquiador de aventura, é também reitor do Clark Memorial International High School, com mais de 10.000 estudantes a nível nacional. Tem também o seu nome em vários documentários, livros de fotografia e publicações.

ENTREVISTA

Com 80 anos, o aventureiro Yuichiro Miura conseguiu alcançar o cume do Monte Evereste pela terceira vez, tornando-se na pessoa mais velha do mundo a fazê-lo. A sua viagem até chegar a este ponto foi marcada por uma série de dificuldades sem precedentes.

Depois de conseguir subir ao Monte Evereste pela segunda vez aos 75 anos, decidiu fazer uma terceira tentativa aos 80. No entanto, no ano seguinte, teve uma má queda e partiu cinco ossos, incluindo a cabeça do fémur e a pélvis. Os médicos disseram-lhe que ficaria preso a uma cadeira-de-rodas. Mas a determinação do Sr. Miura era inquebrável. "Vou sem dúvida recuperar. Vou curar-me e subir" - com esta determinação, trabalhou duro no seu plano diário de reabilitação e, passados 3 anos, recuperou totalmente. Conseguiu ultrapassar por completo uma situação considerada irreversível.

No entanto, o Sr.Miura foi novamente afligido por dificuldades. A apenas 4 meses da sua partida para o Monte Evereste, surgiu uma doença crónica, arritmia, forçando-o a duas operações. Era considerado impossível ele subir. Mas partiu para os Himalaias sem mudar os seus planos. Foi uma decisão que surpreendeu toda a gente.

E assim começou o seu terceiro assalto ao Monte Evereste, e encontrou mais uma série de dificuldades que colocavam a sua vida em risco. No acampamento-base aos 5.000m, o nível de oxigénio era já de 50% do normal ao nível do mar. Mesmo a dormir, o seu ritmo cardíaco subia como se estive a correr. Não conseguia dormir, o seu apetite baixou e a sua força também. Mesmo assim, tinha ainda que subir os penhascos dos Himalaias. Era um desafio demasiado assustador para alguém com 80 anos.

Havia o perigo iminente de outra avalanche. O vento soprava e era difícil evitar pedras em queda. A temperatura chegava a atingir os -40ºC. Enfrentava perigo de vida constantemente e nunca sabia o que iria enfrentar logo a seguir. Mesmo assim, o Sr. Miura continuou a avançar, controlando constantemente a sua condição física. Quando o vento amainava por breves instantes e podia ver uma boa porção do céu, sentia-se em paz.

"Disse a mim próprio que não ia desistir", recorda-se. "Mesmo quando queria desistir ou vacilava pelo caminho, ultrapassava sempre e continuava a subir."

Finalmente alcançou o cume do Monte Evereste. Teve uma sensação de realização como nunca tinha tido antes. Os picos de 6.000 e 7.000m od Himalaias, que tinha observado de baixo a partir do acampamento-base, eram agora visíveis. O Planalto Tibetano assim como a Índia eram visíveis à distância, e as montanhas e paisagens magníficas da Terra estendiam-se perante os seus olhos. A vista ficou para sempre gravada na sua mente.

No escritório de Tóquio, está em exibição um painel de fotos tiradas na altura. Mostram cenas de tirar o fôlego que apenas um punhado de pessoas que subiram ao topo puderam experienciar.

"No cume do Monte Evereste, há apenas um terço do ar que existe ao nível do mar, e mesmo com oxigénio suplementar, não se pode ficar mais de 30 minutos", diz o Sr. Miura. "No entanto, dei por mim a ficar por uma hora para admirar e fotografar a paisagem. Poder passar uma hora no Monte Evereste, o ponto mais alto do planeta, foi a experiência mais extravagante que alguma vez tive."

No seu escritório, mantém a roupa e o equipamento que usou para a sua subida histórica. As suas botas são tão grandes e pesadas que não consegue levantá-las com uma mão. Um fato de neve parece ser várias vezes o seu tamanho. Com equipamento tão pesado, que apenas as pessoas em melhor forma poderiam carregar, caminhou por vários dias nas montanhas nevadas e subiu penhascos. Cada peça de equipamento carrega a memória da sua luta dura com a natureza.

Um casaco de montanhismo cheio de ar faz lembrar um fato espacial.

O Sr. Miura diz "O cume do Monte Evereste é o lugar na Terra mais próximo do espaço. Se vestir todo este equipamento e o fechar, pode ir ao espaço."

É difícil imaginar como é estar num lugar tão próximo do espaço. O Sr. Miura explica que para estar num ambiente tão diferente do ambiente ao nível do mar, e chegar ao topo do Monte Evereste, o seu equipamento tinha que ser o melhor do mundo na altura. "O que vê aqui é equipamento excelente para escalar. Escolhi-o estritamente pela sua funcionalidade", diz. A vida de um montanhista depende do equipamento certo.

Entre o equipamento do Sr. Miura encontra-se o Seiko Prospex, um modelo especial desenvolvido a seu pedido pela sua durabilidade, legibilidade e precisão. As palavras "Miura Everest 2013" encontram-se gravadas na lateral do relógio. Para o aventureiro que tem que cumprir um calendário rigoroso, manter a hora com precisão pode ser a diferença entre a vida e a morte.

"O relógio tem as mais altas especificações de sempre", diz o Sr. Miura. "Não falhou mesmo nas condições mais duras, mesmo molhado e gelado durante um nevão. É um relógio maravilhoso que me dizia as horas no escuro quando tinha que partir a meio da noite e escalar tarde."

O movimento é Spring Drive, o sistema de alimentação único da Seiko. Como não precisa de bateria, não pode ficar danificado ou ficar sem energia durante a subida do Monte Evereste, onde as temperaturas flutuam de forma dramaticamente. Além disso, apresenta uma resistência a choques adicional graças a um sistema de regulação único, que usa sinais eléctricos do Circuito Integrado e um oscilador de quartzo como o usado em relógios de quartzo.

Para aumentar a legibilidade, os ponteiros de horas e minutos e os índices têm uma cobertura espessa de Lumibrite, uma tinta fosforescente que aumenta o brilho. A caixa é feita em titânio, robusto e leve. A coroa é localizada às 12 horas.

O Sr. Miura explica "pedi esta posição para que fosse fácil de operar na subida, e não interferisse com os movimentos do pulso ou ficasse preso às cordas. É de facto o melhor relógio que já tive, feito à medida e muito fiável."

Um relógio, Seiko Prospex, apoio o Sr. Miura para que pudesse "Continuar a Avançar."

Aos 88 anos, o Sr. Miura está ainda desejoso de enfrentar desafios e continuar a avançar. Espera subir ao Monte Kilimanjaro em África, aos 90 anos. O seu pai, Keizo Miura, desceu o Mont Blanc em esqui aos 99 anos, e é uma presença constante na sua mente. Acredita firmemente que os "desafios fortalecem a nossa força de viver", como escreveu no seu livro, Yuichiro Miura: Only Humans Can Challenge the Limits, publicado por Heibonsha.

Escreve "Nunca desistam de nada. Para continuar a avançar, nunca devem desistir e devem persistir até ao final."

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